Entrevista Velcro

Bruno Rego é licenciado em Tecnologia e Artes Gráficas pelo IPT, trabalhou como produtor gráfico e atualmente gere a agência de comunicação VELCRODESIGN sediada em Alcobaça, que está neste momento em plena fase expansão com a abertura de uma filial na cidade de Lisboa. Enquanto aluno do IPT participou na edição 0 e 1 da revista i.E..

 

i.E.: Depois da tua formação em Tomar, como é que inicias a tua atividade no mundo do trabalho?

BR: Ainda durante a conclusão da licenciatura recebi um convite para trabalhar na gráfica Maiadouro, no Porto, onde acabei por permanecer muito pouco tempo. Rapidamente surgiu o desafio para me mudar para a Direção de Produção da Ambar, na altura um exemplo no mercado nacional e uma grande escola. A formação que temos, ou pelo menos que eu tive, uma vez que não conheço a fundo o programa de hoje, foi muito completa e larga, o que acabou por garantir uma entrada muito segura e, de certa forma, fácil. As bases estavam lá todas. O curso e o IPT eram referência. Acho que aquilo que nos distinguia era a polivalência. Conseguíamos dar resposta tanto na área comercial como na área da produção. Isto porque na altura, a área criativa, apesar de ter sido explorada por alguns colegas como forma de entrada no mercado de trabalho, não era uma das apostas principais do plano formativo. A todas as competências que levava, somei um pouco de sorte, que também é precisa, e acabei por ter as oportunidades que precisava para iniciar o meu percurso profissional. A adaptação ao mercado de trabalho exige a quem acaba de sair da universidade – principalmente a quem tem muitos sonhos e muita ansiedade de os concretizar, como eu tinha – uma boa dose de disponibilidade para ouvir, aprender e dar tempo ao tempo. O tempo ensina-nos a entender a realidade, a ajustar as nossas prioridades e a traçar com mais eficácia o nosso percurso.

 

i.E.: O projeto VELCRO surge de uma vontade de estares mais ligado à parte criativa?

BR: O projeto VELCRO nasce quando eu menos esperava. Eu saí do Porto, da AMBAR, e fui trabalhar para uma concorrente em Espanha. A ErichKrouse era um grupo importante que estava a recuperar uma unidade de produção em Gijon. Pela experiência adquirida na Ambar fui contratado para ajudar nesse processo. Ao fim de 2 anos tive a oportunidade de me mudar para Itália mas achei que não era esse o meu destino. Regressei com a ideia de iniciar a minha própria empresa. Queria oferecer aquilo em que a maioria dos criativos estava menos preparado para oferecer. Desejava ser o interlocutor entre os criativos e as gráficas. É nesta altura que dois dos meus atuais sócios, ex-alunos de TAG, me convidaram para integrar o projeto que tinham iniciado em Alcobaça. Confesso que até entrei a pensar “Vamos lá ver no que é que isto dá; Não era bem isto que tinha idealizado, mas vamos lá”. Eles estavam dedicados sobretudo ao processo criativo e ao desenvolvimento de soluções web. Eu, sem dúvida, muito mais ligado à produção. Por isso acabei por completar a equipa da qual também já fazia parte um terceiro elemento, programador. Já lá vão quase 13 anos e, felizmente, as coisas estão a correr muito bem. Hoje, prefiro intitular-me como profissional de comunicação, dado o percurso cumprido, o conhecimento adquirido e as responsabilidades profissionais que tenho. O ensino universitário, onde fui professor nos últimos 10 anos, também foi fundamental. Não são apenas os alunos que aprendem.

 

i.E.: Que tipo de projetos é que a VELCRO desenvolve mais?

BR: O projeto VELCRO passa, neste momento, por aquilo que eu considero ser o 3.o estágio. Num primeiro momento cumpriu as expectativas enquanto gabinete de design. Daí evoluiu para uma especialização no campo do webdesign e do desenvolvimento técnico de soluções web e de suportes multimédia. No fundo, posicionou-se enquanto agência de meios. Mas as exigências do mercado, exigem cada vez mais soluções “chave na mão”, fez-nos ponderar um cenário que garantisse um serviço mais completo e mais ambicioso. Para além do desenvolvimento de soluções, pensar uma rede com contributos no sentido mais largo do que representa o mundo da comunicação. Por outro lado, a revolução tecnológica registada na última década e a afirmação recente dos sistemas móveis assumiram-se como fatores fundamentais no processo de construção de perfis de consumidor cujos hábitos impuseram uma nova atitude às marcas. A ausência da distância física e a facilidade no acesso à informação afirmaram práticas diárias que abriram novas alternativas ao sector empresarial. O universo digital concentrou os utilizadores, proliferou as comunidades, reforçou o acesso à informação, potenciou a produção, trouxe exigência e impôs veracidade. Este cenário reforça a preponderância do conteúdo em relação ao meio e, consecutivamente, o cuidado na preparação do mesmo. A comunicação passa a ser pensada em função do público, em detrimento dos meios. Todas estas influências têm vindo a ditar a afirmação da necessidade de intervenção de profissionais de comunicação especializados que auxiliem tanto na construção da narrativa, como na estruturação e idealização gráfica das soluções / suportes.

É este o estágio em que a VELCRO se encontra. Ou continuávamos a desenvolver soluções pensadas por outros em função das estratégias de comunicação idealizadas, ou avançávamos para a liderança dos projetos. Fomo-nos especializando na área da comunicação e assumimo-nos como agência 360º, fazemos de tudo. Temos a capacidade para responder quer graças à equipa interna, quer pela colaboração de uma rede de parceiros. A VELCRO é uma agência muito subcontratada por agências de maior dimensão. Somos uma agência pequena não há dúvidas, mas vamos tendo oportunidade de desenvolver trabalhos de todo o tipo, e isso, é bastante interessante. Também temos alguns clientes que são nossos e já nos acompanham há muito tempo, principalmente na área da música.

 

i.e.: Como achas que a VELCRO se destaca de outras empresas de design que atuam na mesma área?

BR: Acho que é muito difícil para uma agência, principalmente no pequeno mercado português, conseguir esse destaque. O conhecimento e a boa exploração das ferramentas e das técnicas são transversais. Portugal, neste momento, tem uma excelente formação e o resultado está à vista através do trabalho desenvolvido pelos excelentes profissionais que fornecemos ao mundo. Aquilo que eu acho que é fundamental é a dedicação que se consegue transmitir aos clientes e, acima de tudo, a identidade que a agência assume. Temos realidades completamente diferentes. Temos agências comerciais que querem vender em quantidade e temos agências que efetivamente se preocupam com as marcas dos seus clientes, com a sua identidade, com o perfil dos seus consumidores e com a forma como cada um destes perfis está no mercado. O design é apenas a materialização de tudo isto. Uma solução de design é bem mais do que um conceito estético. Eu acredito nas agências de maior proximidade, com equipas que trabalham diariamente com o cliente e cujo o resultado consegue ser muito personalizado. É nesse campo que a VELCRO tem estado bastante bem. Somos (é o que os nossos clientes nos transmitem) daqueles que estão sempre por perto. Só para teres a noção, praticamente não recebemos ninguém na agência. Visitamos os clientes todos e temos sessões de trabalho que ocupam dias completos. Acho que isso tem sido a grande mais valia. O cliente identifica-se com o resultado final. Tem muito do seu contributo. Claro está, com a devida noção que a sua responsabilidade se limita à transmissão e defesa do que melhor conhece, a sua identidade. Tenho 3 excelentes sócios, profissionais exímios que partilham da minha visão. Até ao dia de hoje não temos registo de surpresas negativas. As coisas têm corrido mesmo muito bem. Temos clientes há 10 anos o que é fantástico. Portanto, se há alguma característica que nos pode distinguir, é a identidade que queremos assumir neste momento e a forma como queremos que nos continuem a reconhecer.

 

i.E.: Acreditas que o cliente deve fazer parte integrante de todos os projetos de design?

BR: Vem na sequência do que estava a dizer. Nós fazemos do nosso processo um processo muito simples. Começamos por fazer uma reunião com o cliente para levantamento de informação. Tornamos a reunir para apresentar a proposta, depois de lhe dar alguns dias para a analisar. Há quem diga que é um mau hábito, que se perde muito tempo e que, depois, muitas delas nem dão em nada. Sou eu que faço a gestão de projetos e faço questão de conhecer um potencial cliente antes de apresentar a minha ideia e o meu orçamento. Quero conhecê-lo, vê-lo, sentir o que me quer transmitir. Conhecer o ambiente e tentar transmitir-lhe quem sou. Se o trabalho for adjudicado, a pratica mantém-se. Como referi antes, em cada projeto sei bem o que pretendo alcançar, contudo não posso ignorar que, por mais esforço que faça, é o meu cliente quem melhor conhece a identidade da sua marca. Só preciso de o saber ouvir. Daí em diante é uma colaboração permanente. Acredito que no final ganho tempo e qualidade.

 

i.E.: Não tens por acaso uma história caricata que tenha acontecido com algum cliente?

BR: Já nem lhes chamo caricatas porque já é o dia-a-dia. A forma como o cliente quer participar no processo muitas vezes confunde-se com o desejo de contratar braços que executem tal e qual as suas indicações. Temos que saber argumentar e justificar quais as responsabilidades de cada uma das partes. Sabem tão bem como eu que as pessoas acham que tendo um bocadinho mais de habilidade para mexer em software conseguem fazer “coisas” … já são designers! Em tempos, depois de termos apresentamos várias soluções para uma nova identidade, o cliente trouxe um desenho feito pela filha. Estava muito indignado porque não conseguíamos uma solução, mas a minha filha de 5 anos tinha conseguido. Há sempre um amigo, uma filha ou um clipart que influencia. Há sempre alguém que consegue mexer no software e fazer umas coisas.

 

i.E.: Consegues destacar qual foi o vosso melhor e pior projeto e porquê?

BR: Eu sou muito critico. Por isso mesmo acho sempre que o nosso pior projeto é aquele que acabámos de terminar. E porquê? Porque fico sempre a achar que podíamos fazer mais. É uma utopia. Nunca será perfeito. Mas quero continuar a acreditar que é sempre possível fazer algo mais. Obviamente que num negócio que se quer rentável é necessário cruzar vários pressupostos. A qualidade é o único de que não abdico. O resultado final para além de representar o meu cliente, também representa a marca VELCRO. Tenho que defender ambos. As experiências mais negativas foram aquelas em que fui obrigado a admitir que a nossa equipa e o cliente estavam em sintonias diferentes e que jamais acreditaríamos na solução que ele ambicionava. Detesto deitar a toalha ao chão, mas às vezes é precisa que seja feito. Destacar o melhor é sempre difícil. São muitos os que nos deixam orgulhosos. Sem dúvida que o projeto The Gift já é algo sem comparação. Reinventar uma marca ao longo de quase uma década dá um prazer especial. São muito anos em sintonia. Os seus mercados – Portugal, Espanha, Brasil e Estados Unidos – requerem tratamentos diferenciados. A marca musical, para além do nome e do logótipo, é dos exemplos mais claros da necessidade de representação de satisfação e humanização do produto, por forma a construir um relacionamento direto com o público. É necessário estabelecer relação entre o conceito do artista e as principais necessidades dos fãs, extrapolando ao máximo a satisfação que os preenche por pertencerem a um grupo. Os projetos de comunicação na área da música, como os das grandes marcas, são bastante aliciantes porque a exposição mediática traz bastante feedback. A app da RTP notícias, recentemente lançada, é um projeto bastante completo e tecnologicamente foi um desafio. Apesar de tudo, as melhores experiências nem sempre são as que conquistam o melhor reconhecimento por parte do público a que se destinam. Mas, como referi, já são muitas. Mariza, Amália Hoje, Rubens Brueghel Lorrain (1ª Exposição do Museu do Prado em Portugal), Festival Lisb/On, Ancor, Cister Música, Fini, Desperados (Central de Cervejas), RTP/Euro2016, Museu do Dinheiro, RTP Notícias, Galp Ingnition, Vodafone são algumas das mais recentes e conhecidas boas experiências. Mas sem dúvida um especial carinho pelo projeto CEERIA – Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça. E serão muitas mais!

 

i.E.: Onde achas que poderá estar VELCRO daqui a 10 anos?

BR: A gestão da VELCRO está comigo há muito tempo. Somos 4 sócios, todos com a sua participação, mas tem-me cabido a mim traçar o rumo. Sei que queremos desenvolver. Sei que queremos continuar a ter prazer no trabalho que fazemos. Sei que queremos continuar a ser desafiados todos os dias. Há muito por onde ajudar a bem comunicar. Não sabemos encontrar motivação nos trabalhos fáceis e repetitivos.

Vejo-a como uma agência exatamente com o posicionamento que tem hoje. Uma agência pequena/média – não me envergonho de o dizer – porque não gosto de projetos de equipas muito alargadas. Acho que é o caminho para perdermos a identidade que hoje defendemos.  Mas quero vê-la noutros palcos e, neste momento, uma das nossas apostas é continuar o percurso além-fronteiras onde as diferenças culturais são um aliciante. O mercado árabe e o mercado africano já representam algumas conquistas. Desvendando um pouco, preparamos uma temporada no mercado dos Emiratos Árabes Unidos. O processo já iniciou e queremos efetivamente concretizá-lo. No mercado nacional espero continuar o percurso dos últimos anos. Hoje a VELCRO é uma agência que está inserida numa rede de parceiros que muito lhe trás e onde muito partilha. Felizmente não há falta de trabalho desafiante.

 

i.E.: Como ex-alunos do IPT, como achas que o curso de DTAG nos prepara para o mundo do trabalho?

BR: Não é fácil analisar um programa de formação. Dei aulas até há muito pouco tempo, também num curso superior, e entendo que as análises, acima de tudo, são resultado da prestação de quem lidera as unidades curriculares. Muitas vezes temos bons programas lecionados por maus professores e, noutros casos, bons professores com maus programas. As imposições por parte de quem regula traduzem-se em rácios comuns a todas as formações que na minha opinião não são lógicos. Acredito na soma, em doses distintas em cada área de formação, entre professores/investigadores e profissionais/especialistas integrados no mercado de trabalho. Dei uma leitura no plano curricular atual e achei-o muito completo e adequado às necessidades do mercado. Sinto que continua a oferecer garantias a quem se está a iniciar. Já na altura o sentia. Cheguei ao mercado devidamente preparado para concretizar e para crescer. A componente criativa complementa a formação mais especializada em artes gráficas. Sinceramente, acho que só têm a ganhar em realizar a formação em Tomar. Podem entrar no mercado sem medo. Estou certo que a maioria, com dedicação, vai dar cartas. Hoje, são muitas as formações em design gráfico e multimédia, por isso acredito que Tomar deve manter um equilíbrio e continuar a apostar na formação de gente que sabe o que é o universo da impressão. É, sem dúvida alguma, uma mais valia. Tenho conhecido alguns alunos de DTAG e só tenho o melhor a dizer, quer enquanto profissionais, quer quanto ao carácter. O IPT é um instituto pequeno, sem aquele cariz mais clássico, que oferece uma vivência mais próxima entre professores, alunos e parceiros do mercado profissional, a meu ver bem mais interessante para a construção de personalidades. Hoje voltaria a fazer a minha formação num instituto politécnico e em Tomar.

 

i.E.: Estiveste também envolvido na criação da revista i.E., projeto a que nós agora tentamos dar continuidade. Ainda te lembras como tiveram a ideia de criar a revista?

BR: Efetivamente estive na equipa que desenvolveu o primeiro projeto mas, sendo muito sincero, não fui dos elementos mais ativos. Foram cinco colegas de turma os impulsionadores do projeto. Chegaram a dizer que o iam desenvolver e que precisavam de uma equipa. A decisão estava tomada. Só precisavam de reforços. É desta forma que acabo por me integrar. A iniciativa foi deles. O projeto nasce de uma tentativa de fazer algo diferente, talvez pela ausência de desafios no campo do design ou até pela possibilidade de meter as mãos na massa e concretizar a impressão de um caso real. A base da formação estava na realização de exercícios muito standard e pouco ambiciosos. Por tudo isto, a i.E. acaba por nascer com alguma irreverência. O resto foi dedicação e muito trabalho. Como sabem e sentem no dia-a-dia, tudo aquilo que seja extra-aulas acaba por trazer uma motivação diferente. Foi preciso pesquisar, fazer contactos, recolher informação, produzir conteúdos, fotografar, selecionar os artigos, resolver graficamente e imprimir. Perdemos algumas aulas, alguns momentos de estudo, tivemos algumas noitadas de copos e outras noites fechados à chave no departamento H. O objetivo era fazer bem. Rapidamente se transformou numa bola de neve. Mal se concluiu a primeira edição, já se estava a pensar na segunda, na terceira, na quarta, na quinta. Até uma versão web uma delas teve. Infelizmente não tivemos tempo de concretizar tantas quantas desejávamos, mas graças a vocês, o sonho não terminou. Parabéns por isso! Acho que é um dos projetos que melhor pode demostrar ao mercado aquilo que efetivamente as equipas de TAG / DTAG valem. Na altura falou-se muito. A revista PAGE chegou mesmo a fazer menção à qualidade da i.E. Pessoalmente, estou muito agradecido a quem me puxou para o projeto.

Recordo-me que na altura fiquei muito aborrecido porque a minha tarefa na primeira edição foi muito curta. Limitou-se a uma entrevista e ao seu tratamento. Alguém acabou por lhe dar a identidade gráfica da revista. Mas aprendi muito com colegas que tinham outras tarefas… até porque é mais fácil aprender assim, mais do que com os nossos professores. Sentir os problemas e procurar soluções em grupo. Claro está que os professores foram fundamentais e incansáveis. Foi para todos um orgulho ver a número 0, a da capa amarela, impressa e distribuída.

 

i.E.: Tens algum conselho como ex-aluno de DTAG que nos possas deixar?

BR: Vou-te repetir aquilo que repeti durante muito tempo aos meus alunos. Eu acho que três anos é um período de formação muito curto. Pode significar pouco tempo de contato com professores e colegas que vos possam ajudar a conquistar aptidões fundamentais para responder num mercado exigente e muitas vezes injusto. Serão vocês a poder fazer a diferença. Por isso mesmo, o meu conselho é sempre o mesmo. Mais do que a motivação de uma nota e o alcance rápido do diploma, o objetivo deve ser a recolha máxima de experiências e o aumento do proveito conseguido em tão pouco tempo. É a altura certa para tentar, arriscar, errar, entender e corrigir. É fundamental perceber, nas aulas e fora delas, qual a afinidade com cada uma das áreas de especialização possíveis e tentar idealizar em que percurso se revêm. Esse é apenas o ponto de partida. Os dias vão passar e em cada um deles vão ajustar um pouco, refletir e avançar. Deixa-me confessar… na sua maioria, os recém-licenciados que tenho contratado, nunca foram escolhidas por média. Sempre escolhi em função da personalidade, das experiências vividas, pessoal e profissionalmente, da reação, da capacidade de argumentação, da disponibilidade, mas acima de tudo da paixão e da vontade por uma oportunidade de aprender e acrescentar…mesmo quando as avaliações mostravam que poderia estar enganado. Só sobressai quem acumula experiências de onde pode retirar ensinamentos.



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